quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Necromante – Capitulo 2



Viagem à Núbia

Hoje é dia 16  de Julho 1907.Após vários dias viajando por terra e mar, estamos próximo ao nosso destino. Ainda na Inglaterra, Donovam me apresentou aos três cavalheiros que nos acompanharão em nossa aventura. Dr. James Fillins, arqueólogo profissional especialista em cultura Kush; o senhor Abduk Massat, um egípcio naturalizado inglês que será nosso guia local e Paul Marsh, um rapaz recém-formado em arqueologia que está acompanhando James e vai nos ajudar com os equipamentos.

Despedi-me de minha amada Dora e de seu sobrinho Ricardo no porto de Dover e atravessamos o estreito até Calais, no norte da França. Ricardo é o único filho da irmã mais velha de Dora, um garoto de 12 anos muito apegado à tia. Eu prometi a ele que traria alguns presentes especiais caso ele se comportasse bem e o garoto ficou empolgadíssimo. Atravessamos toda a França até o porto de Marselha nas margens do Mediterrâneo, onde embarcamos em um navio com destino a Argel, na Tunísia.
Massat  nos explicou que a parte mais cansativa de nossa viagem começará quando desembarcarmos no continente Africano. De Argel até nosso destino em Dongola, no Sudão iremos enfrentar uma verdadeira odisseia, pois as estradas são precárias e a linhas de trem, quando existem, não desenvolvem mais que quarenta quilômetros por hora. Também enfrentaremos muitos contratempos com a burocracia para se atravessar as fronteiras até chegarmos ao Sudão.Sem falar no martírio que será nos adaptarmos ao calor sufocante do deserto e suas noites geladas.
Ao longo dessa viagem tivemos varias conversas calorosas com o senhor Fillins , que  se prontificou a explicar vários pormenores da cultura Kush. A civilização se desenvolveu na região conhecida como Núbia, onde hoje fica parte do território do Egito e do Sudão.O reino floresceu por volta de 2000 anos antes de Cristo e acredita-se que tiveram estreitos laços comerciais e culturais com o antigo Egito. Ainda hoje sua cultura ainda é pouco conhecida, pois as suas ruínas quase não foram escavadas e seu idioma não foi traduzido.
Nosso plano é hospedarmos em uma pequena vila próxima à cidade Atbara e de lá seguirmos até uma ruína próximo ao rio. Mau posso conter minha expectativa para conhecer os tesouros arqueológicos que nos aguardam.

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